Susurros do passado

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É a um conto fantástico, recitado e interpretado por dois atores e intercalado por breves comentários musicais. A história ajuda a desvendar “Os mil universos da mente humana”. A “obtenção” destes infinitos universos em sua harmoniosa coesão e fusão dependem da personalidade individual dos seres humanos. Muito freqüentemente a realidade transforma-se em fantasia e a fantasia em realidade, como em um jogo de espelhos…

A trama:
Fabrizio Borghini é um investigador, que com a mulher Melita Bongiovanni, está testando um produto inovador, o “Memotonic”. Fabrizio faz a experiência com o remédio, toma-o por erro em doses excessivas e caminha esvaindo-se até a mulher. Conectado a uma máquina, sobrevive ao estado de coma, enquanto a mulher e a equipe toda chegam, para visualizar a vida inconsciente. A mulher começa a interagir com ele, procurando remover do interior, o bloqueio que impede ao marido de voltar de um dos mil universos da mente humana, no qual está refugiado. O diretor do centro, vendo os escassos resultados e o perigo do experimento, da parte de Melita Bongiovanni, aconselha a parar com tudo e deixar partir em paz o pobre Fabrizio. A mulher nunca doméstica e subalterna a qualquer resignação finge aceitar o inevitável, enquanto planeja uma última e solitária tentativa. O encontro se realiza, Fabrizio acolhe a mulher na mesma realidade, até as ultimas conseqüências, até o último romântico banho sob o clarão da lua.
Note.
É um ato único, que se evolui em várias cenas, enfatizado por comentários musicais e repentinas mudanças de ritmo; os autores se alternam durante o espetáculo, mais vozes na história em entremeios recitativos, num contínuo fundo musical. As partes mais significativas e marcantes vêm enfatizadas com a intervenção do diretor-autor, que como um deus ex-máquina, acompanha os autores com sua presença no palco. No final, vê-se em um crescente coral, a presença em cena de todos os artistas.